QUALY NUTRIÇÃO ANIMAL

DEFICIÊNCIA DE COBALTO EM BOVINOS

09/06/2021

Parceria Técnica com EMVEP Jr. (Empresa Júnior de Medicina Veterinária)

Escrito por  Equipe Técnica EMVEP 

Graduandos de Medicina Veterinária da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA-USP)

Os minerais são nutrientes que desempenham funções  diversas e importantes nos animais, que envolvem desde a participação estrutural no organismo, como na formação de ossos e dentes, no equilíbrio eletrolítico e até a participação em reações químicas e vias metabólicas. No bovino, destaca-se a importância dos minerais na manutenção da microbiota ruminal que, quando em equilíbrio, é essencial para a saúde do animal, e portanto, para a produção.

O Cobalto (Co) é um mineral essencial, ou seja, é adquirido apenas por meio da alimentação, uma vez que o organismo não realiza sua síntese. Sua importância é devida à influência na disponibilidade de vitamina B12, uma vez que microrganismos ruminais utilizam o mineral para produção da vitamina. Desse modo, a deficiência de Cobalto (Co) resulta em distúrbios causados pela falta da B12 no organismo.

A vitamina B12 participa do processo de formação de hemácias (importante componente do sistema circulatório) e ácido fólico, age como precursor de glicose e participa de vias enzimáticas. Assim, é capaz de interferir no metabolismo de aminoácidos, carboidratos, lipídeos e ácidos nucléicos.

Com a influência nas atividades celulares e em pequenas reações, há um reflexo no organismo como um todo, permitindo observações clínicas como mucosas pálidas, perda de peso progressivo e apetite, anemia, fraqueza, pelagem áspera e grosseira, crescimento retardado e, consequentemente, menor produção leiteira, problemas reprodutivos e menor ganho de massa nos bovinos.

Tal deficiência é popularmente chamada de “peste de secar”, “mal de areia” e “mal do fastio” e já foi relatada em todas as regiões do Brasil, atingindo, principalmente, rebanhos criados em sistema extensivo. A fonte de Cobalto (Co) para os animais é através da alimentação e, portanto quando há escassez do mineral no solo ou condições que impedem a absorção pelas plantas, como solo alcalino, baixa umidade ou excesso de manganês, somado à falta de suplementação mineral, os efeitos podem ser observados nos animais mesmo em propriedades que possuem pasto abundante.

Em resumo, a privação de Cobalto (Co) na dieta dos bovinos de forma crônica resulta em menor desempenho produtivo e impossibilidade de melhoria do rebanho, causando prejuízos financeiros além daqueles à saúde animal como um todo. Após observação e diagnóstico, é possível reverter os casos com administração de Cobalto (Co) via oral ou a adequação da dieta por meio de suplementos da linha QualyPhos.

Para controle e prevenção, recomenda-se manejo correto do solo e suplementação balanceada de minerais na dieta, sendo esta última a de maior importância. Assim, respeitam-se as exigências biológicas de Cobalto (Co), o qual será utilizado pelos microrganismos ruminais para a síntese de vitamina B12, essencial em diversas reações orgânicas que garantirão equilíbrio no organismo e, portanto, maior desempenho do rebanho e retorno econômico.

A Qualy Nutrição Animal disponibiliza uma equipe técnica para melhor avaliação e indicação de dieta, disponibilizando uma alimentação completa e balanceada.

Referências bibliográficas consultadas:

LANDMANN, Renata Cristina dos Reis. Deficiência de Cobalto em Ruminantes no Brasil. 2009. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado – Medicina Veterinária) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu, 2009. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/119568>.

RADOSTITIS, O. M.; GAY, C.C.; BLOOD, D.C.; HINCHCLIFF, K. W. Clínica Veterinária. Guanabara, 9 ed., 2002, pp. 1333- 1339.

SMITH, P. B. Medicina interna de grandes animais. Malone, 3 ed., 2006, pp. 786- 788.

VENTURA, Rodrigo Aquino et al. Deficiência de cobalto em bovinos: revisão. Pubvet, [S.L.], v. 15, n. 4, p. 1-4, abr. 2021. Editora MV Valero. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.31533/pubvet.v15n04a784.1-4>.

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